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segunda-feira, 24 de maio de 2010

A irmã do Hulk

Como estava falando na postagem anterior, fiquei choquita com o que Camila havia me dito: "quando crescer quero ser que nem a Celeida"! Fiquei furiosa e disse pra ela que eu duvidava do fato dela ter saído de dentro de mim e ainda completei:

– Quem tem uma filha assim, não precisa jamais ter uma inimiga! Quê que é isso?

CAMILA – Eu, hein, mãe! Credo!

REGINA – É isso mesmo! Ficar falando que a Celeida é linda, que tem um corpão e que quer ser que nem ela? Você ultrapassou todos os limites da relação mãe e filha, minha filha!

CAMILA – Mas eu só elogiei a sua amiga! Você vive dizendo que eu não gosto das suas amigas, que eu não converso com elas... eu não te entendo, viu! Parece louca!

REGINA – Em primeiro lugar, a Celeida não é minha amiga. Ela FOI minha amiga! Foi do verbo não VAI SER NUNCA MAIS! Em segundo lugar, sua bobona, sabe porque que você gostou dela, porque ela tem uma idade mental que nem a sua: 12 anos! Agora imagina: usar o mesmo modelo de calça jeans, que você uma menina de 12 anos usa! Onde é que nós estamos?

CAMILA – Pelo menos, usando essas roupas e tendo essa mentalidade, ela não fica velha! Você deveria colar nela! Ontem!


Bem aí, a mosntra do pântano tomou conta da minha pessoa! Senti a minha transformação. Sim, naquele momento, eu era a irmã do Hulk! Rosnei: – Camila, Camila! Olha só como você fala comigo! Você tá pedindo um castigo.... mas um castigo... olha, eu nem sei o que eu vou fazer com você!

CAMILA – Ô mãe... eu não te entendo! Você me apresentou pra ela como sua amiga de infância...

REGINA – Adolescência! Infância não! Eu não poderia ser amiguinha dela na infância, porque ela é 3 anos quase 4 mais velha que eu!

CAMILA – Mas não parece!


Agora, eu já não era mais a irmã do Hulk, era a madrasta enfurecida dele! Olhei fundo nos olhos dela, com ódio do mundo, do tempo, de mim e rosnei mais uma vez: – Camila...

CAMILA – Mas não parece mesmo! Vou fazer o quê?

REGINA – Calar a boca! Minha filha, presta atenção: tem coisas que a gente não diz! Mesmo que seja pra mãe da gente.

CAMILA – Desculpa.

REGINA – Tudo bem.

CAMILA – Mas posso te perguntar uma coisa?

REGINA – Lá vem bomba! Pergunta, vai.

CAMILA – Porque você odeia tanto ela?

REGINA – Não odeio ela! Só acho que ela é uma equivocada! Uma mulher de 46 anos que...

CAMILA – Ô mãe, você fala como se ela fosse uma velha! E o pior como se você fosse uma velha também!

REGINA – Camila, presta atenção: nem eu, nem ela – aliás, muito mais ela, que eu – somos jovens mais não!

CAMILA – Pois eu acho que você ta exagerando sabia! E tem mais: acho que você ta falando tudo isso dela, porque na verdade você queria estar que nem ela está: com tudo em cima e poder usar uma calça igual a minha!

REGINA – Pode até ser...


Não sei porque eu disse isso! E logo pra minha filha! Me fragilizei! Agora, ela vai pegar no meu pé! Não vai mais me dar um segundo de sossego!

CAMILA – Mãe, amanhã mesmo a gente vai mudar tudo! Você vai voltar a ser linda! Porque você é linda! Você só está... jogada...

REGINA – Jogada? Mas, jogada aonde?

CAMILA – Sei lá... jogada... Não tem aquela expressão... jogada... como é mesmo...?

REGINA – Jogada às traças! É isso que você tá querendo dizer?

CAMILA – É, é isso mesmo... mas a gente vai fazer com você a mesma coisa que você fez com o sofá lá da sala, mãe! Ele estava jogado as traças e você mandou trocar o estofamento, o tecido... Agora ele tá novinho!

Eu acho que ela tava querendo me agradar... Na hora eu fiquei péssima! Me senti pior que o tal sofá da sala que realmente estava jogado às traças! Mas, sei lá... a minha filha, sem saber, acordou alguma coisa dentro de mim...

Pela primeira vez depois de muito tempo, me deu vontade de querer dar uma sacudida na minha vida! Será que vou dar conta?

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Quando detonam o nosso vulcão interior

E numa dessas idas ao shopping com a Camila, eu dei de cara com quem? Celeida! Ela estava comprando uma calça exatamente igual a da Camila e pasme: do mesmo número! Eu fiquei sem chão, sem ação, sem palavras... sem nada.

E o pior não foi isso, não. O pior, foi que a Celeida, produziu a Camila dos pés a cabeça. Mostrou a blusa e a bota que ela deveria usar com a tal calça! E disse até o tipo de calcinha que ela deveria por pra não marcar na calça, é mole? Eu paguei aquela produção toda, porque não poderia ser a corta-onda da minha filha na cara da Celeida. Fingi que era tudo muito normal, que eu tinha adorado encontrar com ela ali e que tinha amado a produção que ela fez na minha filha. Saímos da tal loja e fomos tomar um café. De repente a minha filha sorri e diz:

– Mamãe, essa sua amiga é o máximo!

- Quem? A Celeida?

- É! Ela é bonita! Corpão! - ela completou com um sorrisinho idiotinha no rosto.

– Você acha?

E finalizou, me apunhalando pela frente mesmo: – Eu acho. Quando eu crescer, eu quero ser que nem ela!

Tão vendo o motivo de eu não conseguir mais manter a minha serenidade, o meu equilíbrio? Depois de ouvir uma bomba dessas, o meu eixo de harmonia vai pras “cucuias”! Eu abro um canal na minha persona e entro em contato com... com o quê, meu Deus? Como posso descrever esse meu lado...? Com a monstra que existe dentro de mim! Aí, eu falo o que me vem na cabeça, não tô nem aí! Olhei pra minha filha mais furiosa que um vulcão em erupção e disse:


Você realmente não deve ter saído de mim não!

sábado, 8 de maio de 2010

Criei um mosntrinho!!!

Camila cresceu e hoje tem 12 anos de idade. Idade "de-liciosa"! Pra não dizer o contrário. Tudo é um drama! Tudo é enorme! Haja psicologia! Eu olho pra ela e penso: meu Deus, será que eu era assim?

Às vezes eu acho que existe um muro entre eu e a minha filha. Eu não alcanço ela, o pensamento dela, os sentimentos dela, a essência dela. Me dá um medo! Eu fico me perguntando: será que eu vou dar conta? O engraçado é que essa pergunta me acompanha desde o dia que ela nasceu. Eu via aquele bebê lindo no meu colo dormindo... era uma paz incrível... e eu me perguntava: será que eu vou dar conta?

Eu tento conversar com ela, mas a gente fala dois idiomas completamente diferentes. Eu queria muito poder passar pra ela um pouco da minha experiência, mas parece que ela faz questão de me mostrar, que isso não interessa em nada pra ela.

É como se eu fosse a pior mulher do mundo! Aquela que não sabe, não entende, não compreende nada. Não sei como isso foi acontecer... Éramos tão amigas... tão chameguentas uma com a outra...

Quando ela era pequenininha, ela me olhava como se eu fosse a mulher mais linda do mundo! Eu era a rainha dela! O tudo dela! Ela amava ficar no meu colo, com a cabeça bem em cima dos meus peitos... ela dizia: “mamãe, os seus peitos são só meus! Não são do papai!” - Bom, isso foi antes deles caírem!

Hoje, ela nem me olha direito! Eu chamo ela pra sair, sei lá, pra ir no shopping fazer umas compras e ela diz: “ir pro shopping com você? Nem pensar! Maior mico, né, mãe!”

As pessoas falam pra mim, que isso é normal, que é fase, que é a adolescência! Ô fase chata, viu! Mas, o engraçado é que essa fase de repente desaparece! É, desaparece por encanto, quando ela quer muito comprar uma calça jeans que custa uma baba! Aí, ela vem pro meu lado, toda carinhosa... Interesseira! Criei um monstro!

E numa dessas idas ao shopping com a Camila, eu dei de cara com quem? Celeida! Ela estava comprando uma calça exatamente igual a da Camila e pasme: do mesmo número!